Em 1999, eu era funcionário da Secretária de Saúde do Distrito Federal, trabalhava em uma equipe de educação em saúde, indo na contramão do sistema hospitalar, ou seja, o nosso sistema de saúde trabalha com cura de doenças e o formato da nossa equipe era de prevenção a doença. Mas não é isso que vem ao caso, no entanto, por causa deste trabalho, chegava sempre muito tarde em casa. Pois cobríamos festas muito movimentadas, principalmente no carnaval e foi exatamente no carnaval de 1999, dia em que eu estava chegando em casa por volta das 02:00 da madrugada depois de um longo e cansativo dia de trabalho. Fui abordado por 4 homens (neste caso eram moleques), me questionaram o que eu estava fazendo na rua uma hora daquelas, disse que estava chegando do trabalho, eles não acreditaram (se basearam nas próprias vidas para tirar a conclusão).
Indagaram, disseram que quem andava sozinho uma hora daquela era “viado” (palavra deles) e que eu ia levar um corretivo para deixar de ser “baitola”sic e que teria muita sorte de sobrevivesse. Pedi que não me matassem pois meu filho precisava do meu auxilio. Disseram que eu estava mentindo e que eu não podia ter filhos visto que eu tinha tudo para ser “viado”sic (tolinhos). Disse que era pai do Wemerson, para minha sorte eles conheciam meu sobrinho e gostavam dele (como todo mundo que o conhecia).
Pediram desculpas e me aconselharam a não andar na rua aquela hora (como se tivessem moral para aconselhar alguém). Falei sobre o meu trabalho e que era impossível não estar na rua. Eles me dispensaram, ao chegar em casa, fui ao quarto do meu sobrinho que eu criava como um filho, o vi dormindo e agradeci por ele ter salvado a minha vida.
Indagaram, disseram que quem andava sozinho uma hora daquela era “viado” (palavra deles) e que eu ia levar um corretivo para deixar de ser “baitola”sic e que teria muita sorte de sobrevivesse. Pedi que não me matassem pois meu filho precisava do meu auxilio. Disseram que eu estava mentindo e que eu não podia ter filhos visto que eu tinha tudo para ser “viado”sic (tolinhos). Disse que era pai do Wemerson, para minha sorte eles conheciam meu sobrinho e gostavam dele (como todo mundo que o conhecia).
Pediram desculpas e me aconselharam a não andar na rua aquela hora (como se tivessem moral para aconselhar alguém). Falei sobre o meu trabalho e que era impossível não estar na rua. Eles me dispensaram, ao chegar em casa, fui ao quarto do meu sobrinho que eu criava como um filho, o vi dormindo e agradeci por ele ter salvado a minha vida.