sábado, janeiro 02, 2010

TRADUÇÃO DE MIM

Carlinhos Veloz escreveu esta música quando eu ainda era adolescente e hoje ela se tornou tradução da minha vida atual.

Viagem De Novembro

Carlinhos Veloz

Foi uma vez
Numa triste tarde de novembro
Logo eu parti
E aos poucos te perdi de vista
E viajar foi como morrer
Só em saber que na manhã
Seguinte estaria assim tão distante
E não veria mais teu sorriso
A morte rondou minha cabeça
E conter tanta dor foi preciso
Amanheci
Era uma dia triste ainda
Em novembro
Te busquei em vão
E aos poucos lembrei da viagem
Mas estar aqui é como nem estar
Pois estas sempre comigo
Aqui no meu coração
O pensamento guiando
A saudade voa qualquer légua
Pra estar com as pessoas
Que mais amo
Estar aqui é como...

TRECHO DO LIVRO

Povo,

Posto um pequeno trecho do livro que estou escrevendo e da qual já informei a vocês.
Como também sabem, os nomes estão com pseudônimos para não expor os amigos, mas tenho certeza que vocês se reconhecerão na história. Revelo aqui apenas os pseudônimos que usei para mim e para o Rubens.

Júlio ou Jú - Rubens
Marcos ou Marquinhos - Wilton

Espero que gostem!

DE COMPRIMIDOS, TSUNAMI SOGRA E VULCÕES

"Terminado o jantar, Marcos estava entediado daquele filme, lembrara dos comprimidos antivômito que estavam em sua bagagem de mão, queria muito que o passageiro que sentava na poltrona que dava para o corredor acordasse e assim ele pudesse pegar seus comprimidos, não que tivesse ânsia, mas, aquele remédio também servia como estimulante para dormir. Marcos descobrira este truck, no ano de 2004, em Cabo Verde quando viajava de barco para a ilha do Fogo para passar a virada de ano. Sua amiga Ley falou dos problemas causados aos estreantes em viagens de barco, as recorrentes histórias de turistas que passavam mal durante toda a viagem, mas que os comprimidos antivômito resolviam todos os problemas, por precaução o então estreante da vez, Marcos, tomou três das bolinhas achatadas e brancas. Ao entrar no Barco super lotado por causa do período do ano, conseguiu avistar pessoas passando mal mesmo com o balanço do barco estando ainda parado, descobrira ali que havia feito uma ótima descoberta. Meia hora depois de entrar no barco com o mesmo já em alto mar, Marcos estava sonolento e apreensivo com a agitação do mar, no caminho para a cabine, perguntou a um tripulante se aquilo era normal, ele meio a contra-gosto informou que o mar aquele dia estava bem mais revolto que o costume. Marquinhos achou melhor não dormir, precisava estar atento aquele fenômeno que estava deixando não só ele como toda a tripulação e passageiros apreensivos, mas não tinha como reverter a situação, havia tomado dose tripla do remédio para dormir e o sono era mais pesado que a sua vontade de ficar acordado, assim, seguiu para a cabine e dormiu assim que se deitou, não teve tempo de desejar boa noite à Ju, ou mesmo comentar da tormenta que preocupava a todos no barco.
Marcos acordara pela manhã, envolto ao sorriso de Jú e sua frase mais gostosa: - Bom dia gatinho minhoco. Ao acordar, Ju relatou a noite preocupante que teve, não conseguiu dormir preocupado com o balançar do barco e das ondas que batiam contra as janelas e deixara todos os corredores encharcados. Mais tarde no hotel em que se hospedaram assistiram atônitos as notícias do Tsunami que destruíra parte da Ásia. Depois do silêncio Jú apenas comentara sobre a força da natureza que faz com que um acontecimento em um extremo da terra seja capaz de ser sentido do outro..."