terça-feira, fevereiro 09, 2010

Mais um trecho do livro

Povo,
demorou, mas está aí mais um trecho do livro como eu havia prometido, espero mais uma vez que gostem.
Super beijo.
UMA CONVERSA FRANCA
Marcos fora conduzido à uma suíte ampla com uma mobília barroca muito bem alinhada e de extremo bom gosto que ficava no terceiro pavimento da casa que o permitia, além de um bem estar, também, liberdade. A parede de frente era toda em vidro com uma imensa porta de correr igualmente de vidro que o levava a cobertura da casa, onde ampliava ainda mais seu espaço.
Após tomar banho pegou a roupa que estava em sua bagagem de mão da qual havia tido a feliz idéia de faze-lo, uma vez que sua mala havia sido extraviada e aquela era a única roupa que tinha no momento, além da que estava usando na viagem. Marcos se vestiu com uma certa pressa, não queria fazer os embaixadores esperarem ainda mais, já era tarde para quem ainda não havia almoçado. Ao descer e se posicionar na sala de jantar, os embaixadores foram logo informados pela Hellen que Marcos os esperava, em menos de um minuto estavam Marcos, o embaixador e a embaixatriz a mesa. Precavida e informada do novo costume de alimentação de Marcos, a embaixatriz preparou um almoço com base em saladas verdes e filé de frango grelhado, ainda prometera ao hospede que se ocuparia pessoalmente da alimentação. Justificou dizendo que ficara espantada e admirada com a transformação do amigo, perder 34 kg e estar tão bem, deveria exigir certos cuidados que ela não se descuidaria, tranqüilizou-o.
Durante o almoço, conversaram sobre a viagem, relembraram fatos da época em que moravam todos em Cabo Verde. Até que Marcos pediu uma pausa para agradecer formalmente à recepção e o tratamento que estava recebendo.

Marcos
- Embaixadores, eu quero, na verdade, eu preciso registrar isso porque apesar do que estão fazendo por mim e pelo Ju, imagino que os senhores não têm noção da grandiosidade que é este gesto. Sendo a nossa relação não convencional, seria muito difícil, na verdade, mas um problema, se isso tivesse acontecido em outro posto da qual não fosse os senhores os embaixadores. Tenho certeza que se fosse este o caso, eu não teria o direito nem mesmo de estar próximo do Jú. Se tudo isso deveria mesmo acontecer, eu agradeço que tenha sido aqui, junto de vocês, onde eu posso exercer o meu papel de companheiro do Ju. Por isso eu agradeço por entenderem nossa relação e respeitarem nossa forma de viver.
Embaixador
- Marquinhos, desculpe pela sinceridade nas palavras. Mas, conheci vocês de perto e sei que eram de fato um casal que se amavam e respeitavam um ao outro, admirava o fato de estarem longe fisicamente, mas, perceber como eram sólidos na relação, você está dentro da minha casa porque sei que era justo com o Jú, porque, se você fosse um filho da puta, eu me limitaria a mandar entregar a chave do apartamento no aeroporto e só.
- Mas não é o caso, não é a toa que hoje você está aqui e somos amigos, então, não precisa agradecer, não por isso.

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