quinta-feira, setembro 09, 2010

Primeira parte do 1º capitulo do livro

Enfim, inicio a publicação do livro.

Como não tenho autorização para publicar nomes, usei pseudonimos penso que vocês irão se identificar nas histórias, caso queiram saber qual o pseudonimo qua atribui só fazer um sinal.

DERREPENTE SEM

Capitulo 1

A notícia inesperada (Parte 1)

Um pequeno apartamento estilo quitinete, com uma cozinha americana. A decoração em branco e salmón de gosto apurado, faz com que o pequeno espaço pareça maior além de aconchegante, sentado na cama que fica de frente para um móvel moderno de linhas retas e retangular, Marcos estava concentrado na elaboração da aula do dia seguinte que ministrava voluntariamente aos seus alunos em uma cidade afastada do centro. Marcos levantou-se e foi ao banheiro espaçoso que contrastava com o restante do pequeno apartamento, já estava naquela função a muito tempo e resolvera relaxar com uma jorrada de água fria no rosto ao que se deparou com o espelho e sua face preocupada pois naquela semana passara o dia de seu aniversário, a preocupação não se dara pelo fato de ter ficado mais velho, mas, pela ausência de noticias de Júlio seu companheiro de quase 10 anos. Marcos estranhara o fato de Júlio não ter telefonado ou mesmo enviado as notícias rotineiras da semana. Júlio era da área da diplomacia e naquele momento representava o Brasil na Romênia e neste período, Marcos estava no Brasil onde terminava seu curso superior. Ano passado em seu aniversário, fora surpreendido pela visita surpresa de Júlio ao Brasil como presente de aniversário e um ano depois não receber um telefonema era demasiado estranho, mas o aniversariante não queria fazer contato e parecer que estava fazendo algum tipo de cobrança, pois seu relacionamento se consolidara sem qualquer tipo de cobranças ou ciúmes, a maneira em que os dois viviam exigia um grau maior de maturidade de ambas as partes.

Marcos era recém adepto da vida saudável e em nome disso corria todos os dias pelo menos 5km e foi exatamente isso que ele resolvera fazer naquele momento, precisava espairecer e nada melhor que um exercício físico para deixar de pensar naquilo que consumia sua memória. Então fez todo seu ritual de preparação, colocou suas meias brancas e o tênis de corrida presenteado pelas amigas Any e Deise em ocasião de seu aniversário no ano anterior e saiu, naquela noite ele correra 16 km ininterruptos mas conseguira deixar de pensar na ausência de noticias de Júlio. Ao voltar da sua corrida diária, Marcos ligara seu computador e enquanto este iniciava ele mais uma vez foi cumprir seu ritual, desta vez de pós exercício, deixara um conjunto de roupa limpa preparada e em seguida tomara um banho demorado, vestiu a roupa que deixara prontamente em cima da cama e sentou-se junto ao computador para ver as mensagens do dia, passou antes em um site de música na perspectiva que tivesse alguma novidade sobre o novo CD de sua cantora favorita que estava em fase de pré-lançamento, não teve nenhum sucesso na empreitada, seguiu então para sua caixa de mensagens onde se deparou com um e-mail vindo de Bucareste, mas cujo o remetente não era Júlio, a mensagem dizia:

“Oi Marquinhos,
Infelizmente o que me trás aqui não são boas notícias, o Júlio foi internado esta semana e está sendo medicado, estive hoje no hospital e ele pediu que eu enviasse este recado para você. Ele pediu também que você pare com este negócio de voluntáriado.

Bjos meu anjo!”

Hellen

Marcos ao ler a mensagem parou pensativo, um filme da qual ele tinha muito receio e medo passou em sua cabeça, sentado junto ao computador, sem reação o atleta tentou imaginar qual a verdadeira situação de seu amado, ele sabia que se fosse uma coisa sem gravidade o Júlio nunca deixaria que ninguém informasse, como ele mesmo diria, “não nos incomodemos com bobagens”, mas, pelo contrário, ele mesmo pediu que o enviassem a mensagem. Após algum tempo atônito, Marcos decidiu ligar para Any para dividir sua angustia, mas o telefone não atendeu, Marcos sentiu suas forças se esvaírem então, deitou-se na cama e não conseguiu outra reação a não ser chorar sozinho no pequeno apartamento de mobília branca.

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