sexta-feira, agosto 31, 2007

Em Relação a peça PEQUENOS MILAGRES



Mais uma vez, fui ver o Grupo Galpão, ato que se transformou quase uma religião para mim.
Nesses 4 anos e meio que estive fora do Brasil, mas sempre retornando a terrinha nas férias, uma das coisas que sempre fiz nestes intervalos no país, foi ir ver as produções do Grupo Galpão, em 2005 assisti O INSPECTOR GERAL em São Paulo, em 2006 assisti UM HOMEM É UM HOMEM no CCBB - Brasilia e no dia 29 passado assisti a nova produção do grupo; PEQUENOS MILAGRES. Para quem assistiu espetaculos como ROMEU E JULIETA, O DOENTE IMAGINARIO, NA RUA DA AMARGURA e UM TREM CHAMADO DESEJO, a sensação que fica é que o grupo perdeu a formula, aquela mágica que fazia-nos sair encantados achando que o teatro era a coisa mais linda que existe no mundo.
Em PEQUENOS MILAGRES quem leu sobre o espetaculo, sabia que se tratava de uma peça em squets e portanto não se perdeu na direção, pois o diretor optou por mesclar historias distintas em um único espetaculo o que causou uma confusão para o publico, ouvia-se os burburinhos no escuro das pessoas totalmente perdidas, simplesmente não conseguiam conciliar as histórias e então, vi o publico saindo no meio do espetaculo, algo que parecia impossivel para quem acompanha a trajetória do Galpão. A verdade é que desde de 2005 com a produção de O Inspector Geral, que estava incomodado com os trabalhos do grupo e em seu último trabalho da qual o nome sugere um retorno ao velho galpão da magia e do encanto o que vi foi a confirmação da decepção, de um publico que estava ansioso pela magia e se deparou com algo que nem de longe diz que é o Galpão de outrora. Os atores como sempre estavam maravilhosos, mas a maquiagem, a luz, o cenário e até mesmo as histórias escolhidas estavam sombrias e sem vida, a sooplastia ora uma marca do galpão como elemento impregnado no espetaculo, desta vez estava solta, era bonitinha, mas não com o brilho, a execução da qual o grupo sempre fez com maestria.
Uma boa parte do publico saiu no meio do espetaculo, eu fiquei até o final, senti o cansaço de quem resistiu, senti o meu cansaço, pareceu que a peça durou 5 horas, 5 chatas horas.
A minha alegria foi ver a Teuda na lojinha, estava com saudade, espero vê-la na próxima produção do grupo resgatando o Galpão que conheci e me apaixonei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Wilton,

que pena que não gostou da peça. Eu fui e achei muito legal, não sei se foi porque ganhei os ingressos por ter participado da campanha "Conte sua história". Mas eu realmente não senti essa dificuldade em acompanhar as diferentes histórias que ali estavam misturadas.

Mas é isso aí.. torço para que sua próxima peça que ver deles seja melhor..=)

abração